2.02.2007

11 de Fevereiro de 2007

No próximo dia 11 de Fevereiro não aceito o "não" como resposta. Aquilo que o "não" nos tem para oferecer é "o que está" e "como está" não posso e não quero permitir que continue e por isso vou votar SIM.
Ideologias políticas e religiosas postas de lado, este é e deve ser, um voto ainda mais único, pessoal e consciente de que esta é a oportunidade que temos de acabar com a clandistinidade, hipocrisia e lutar por uma vida desejada, amada e vivida em liberdade.
Aquilo de que sou a favor é de um país que proteja as mulheres e não as condene; um país que ofereça segurança e higiene; um país que, à semelhança de tantos outros na Europa, permita a Interrupção Voluntária da Gravidez até às 10 semanas, num local legal e especializado para o efeito; um país que produza mais e melhor informação junto das escolas e universidades com uma educação sexual acérrima; um país que disponibilize a todas as mulheres consultas de planeamento familiar e que as informe dos métodos de contracepção existentes e que disponibilize a pílula contraceptiva; um país cada vez mais livre e longe da hipocrisia em que vivemos;um país livre de mortes por negligência de quem lucra com as I.V.G. e sobretudo um país que não precise de recorrer a Espanha.
É neste sentido que voto SIM!
Não aceito o "não", não aceito a clandestinidade, a hipocrisia e a condenação das mulheres.
É pelo direito à vida que voto sim, uma vida desejada, amada, importante e acima de tudo uma vida com liberdade!
Dia 11 de Fevereiro de 2007 a oportunidade de mudar
"Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?"
Conto com um voto consciente e sensato,
Um abraço,
Andrea Martins